"Solar dos Airises"
- Um Conto Histórico-Geográfico da Terra Goytaca'!
A CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ É, POR EXCELÊNCIA, A VERDADEIRA
história do Brasil! Nela tivemos mais de seiscentas engenhocas, os antigos e primitivos engenhos da Planície Goitacá, de terras tão cobiçadas por cidadãos que por aqui passaram. E são cobiçadas até os dias de hoje, porque é a terra do Santíssimo Salvador, comemorado no dia seis de agosto!
O Município de Campos dos Goytacazes, RJ é o pólo econômico-cultural do Norte-Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Todos aqueles que vêm para a Terra Goitacá e tomam a água do Rio Paraíba do Sul, jamais a deixarão. Muito pelo contrário, trazem a reboque as suas famílias, tornam-se mais campistas do que os próprios campistas e jamais a deixam.
É a terra do ouro branco do açúcar na Colonização Brasileira, e do ouro preto do petróleo, com mais de 82% da produção petrolífera nacional. É o segundo PIB nacional! Isso sem se falar o Pré-sal com 200 m de espessura no Norte Fluminense, enquanto com 2.000 m de espessura na Bacia de Santos!
E Campos dos Goytacazes também é uma fonte inesgotável de contos e prosas da literatura brasileira.
(Solar dos Airises. clicado pelo fotógrafo aéreo Carlos Alves. Reprodução do Pesquisador Jorge Siqueira).
Para contarmos a história do "Solar dos Airises", temos que retroagir ao passado longínquo dos séculos idos, lá pelas bandas de 1528, quando Inácio de Loyola, já em 1534, tinha seis seguidores: Pedro Faber, Francisco Xavier, Alfonso Salmeron, Diego Laynez Ie Nicolau Bobeddile, espanhóis, e Simão Rodrigues, português, fundadores da Companhia de Jesus em 15-08-1534, na Igreja de Santa Maria, em Montmartre - para efetuar trabalho missionário e de apoio hospitalar em Jerusalém, ou para ir aonde o papa quisesse, sem questionar. Foram à Itália e o Papa Paulo III concedeu-lhes a recomendação e os ordenou padres, em Veneza, em 24-06-1537.
Os jesuítas partiram para o mundo, em busca da "Terra Prometida". Vieram para a América do Sul e também para o Brasil. Em 1619 chegaram a Campos dos Goytacazes, RJ, os padres jesuítas João de Almeida e João Lobato, provindos de Macaé, RJ, naquela época aldeia de pescadores.
Os jesuítas, chegando à Terra Goitacá, logo edificaram o "Solar do Colégio" - hoje Arquivo Público Municipal Waldir Pinto Carvalho -, lá pelas bandas de Tócos, distrito de Campos dos Goytacazes, RJ. Coube aos jesuítas uma enorme área de terras - as do "Solar do Colégio" - que iam até a fazenda dos Airises, adentrando treze alqueires no Rio Paraíba do Sul.
Os jesuítas exploravam os índios e os escravos africanos, aldeando-os, fazendo-os produzir vários tipos de produtos agrícolas, o que enriquecia enormemente a esses religiosos, que chegaram ao ápice de riqueza, criando uma coroa mais rica do que a Coroa Portuguesa.
Os déspotas esclarecidos eram contrários aos jesuítas. Viviam a criticá-los afrontosamente, dizendo sempre que os jesuítas se aproveitaram da boa fé do Papa Paulo III, que sonhava com a Terra Prometida em todo o Mundo!
O I Ministro de Portugal - Marquês de Pombal -, que também era um dos déspotas esclarecidos, expulsou os jesuítas do Brasil em 1759, foram embora em 1760 e as terras do "Solar do Colégio" ficaram vagas, até que a Coroa Portuguesa fizeram-nas propriedade do vassalo coronel Joaquim Vicente dos Reis, cuja filha Maria Joaquina do Nascimento era casada com o capitão Paulo Francisco da Costa Viana. O capitão Viana vendeu as fazendas dos Airises, Mirandela, São José, Limão e Partido para o comendador Cláudio do Couto e Sousa. Essas fazendas vinham de Tócos às margens do Rio Paraíba do Sul.
Agora propriamente dito iniciamos o nosso conto - "Solar dos Airises".
Quando aos dezessete anos de idade um aventureiro portuguesinho, lá pelas bandas de Tibalde, freguesia de Fornos de Maceradão, bispado de Vizéu, Portugal, vendo que o pai queria lhe colocar nas costas uma batina de padre - e não era isso o que ele queria -, vira para a mãe e diz: mamãe, arrume as minhas coisas - vou para o Brasil na primeira nau que aparecer. Os pais, contristados, arrumaram a sua bagagem, colocaram duas peças de ouro, uma de 6$400 e outra de 3$200, que serviram de recomendação e proteção e que o acompanhou sem, no entanto, ter sido preciso gastá-las, ao que lhe deu o nome de varinha de condão, hoje de grande e alto valor e que será entregue a quem disponho, para servir de "condão da felicidade". Essa declaração se acha no seu testamento e o legado coube ao seu bisneto, o saudoso poeta-escritor Alberto Ribeiro Lamego, geólogo formado em Londres, pelo Royal School Of Mines de Londres, autor de títulos como O Homem e a Guanabara, O Homem e a Serra, O Homem e o Brejo, O Homem e a Restinga e A Planície do Solar e da Senzala.
Se falamos dos títulos do filho, Alberto Ribeiro Lamego, como deixar de falar sobre o seu genitor e colega das Academia de Letras de Campos e da capital fluminense, Niterói, RJ, Alberto Frederico de Moraes Lamego, que publicou outros títulos: A Terra Goitacá, com 8 livros - I, II e III, editados em Bruxelas - e os demais, do IV ao VIII, nas Páginas Avulsas do Diário Oficial do antigo Claude Manoel da Costa; Aparecimento da Milagrosa Imagem de Nossa Senhora da Conceição; Verdadeira Notícia da Fundação da Matriz de São Salvador e de Seus Párocos.
Alberto Lamego foi diretor do Liceu de Humanidades de Campos e escreveu durante anos para os jornais do Rio de Janeiro e de sua cidade de coração: Campos dos Goytacazes, RJ, onde estão enterrados os seus restos mortais.
(Liceu de Humanidades de Campos dos Goytacazes, antigo Solar do Barão da Lagoa Dourada. - Foto do Pesquisador Carlos Alves, reproduzida pelo Pesquisador Jorge Siqueira).
Em 14 de Dezembro de 1883 passou pelo "Solar dos Airises", Dom Pedro II a caminho da Usina Barcelos, para inaugurá-la. Hospedaram-se no "Solar dos Airisaes" Assis Chateaubriand que escrevera uma crônica em "O Jornal" intitulada "O grão-senhor dos Airises", José Olimpio, o professor Pierre Desffontaines e Mário Andrade, comissionado por São Paulo par avaliar a biblioteca e o arquivo que depois foram comprados pelo Estado de São Paulo.
Visitaram o Solar dos Airises", além de muitos, João Ribeiro, Leôncio Correia, Raul Pederneiras, Gilberto Freyre, José Lins do Rego, Plínio Salgado e o Governador Amaral Peixoto com a esposa e grande comitiva.
(Usina Barcelos, nos seus primórdios. Inaugurada por D. Pedro II. Foto Divulgação).
Quando voltaram da inauguração da Usina Barcelos, a única usina do Norte-Noroeste fluminense inaugurada pelo Imperador Dom Pedro II, todos os componentes voltaram a pé, por cima do dique que serve para interromper a invasão das águas do Rio Paraíba do Sul às terras canavieiras. Fizeram uma parada no "Solar dos Airises", onde S. M. e todos os componentes da comitiva foram servidos de cana caiana, descascadas em pequenos gomos e oferecida numa bandeja de prata pela Nhá-Rosa - tema do poeta Alberto Ribeiro Lamego -, que lhe dedicou o seu maior poema - "ACALANTO DE AIRISES!"
Nesse exato momento em que o "Solar dos Airises" acolhe o Imperador Dom Pedro II, o comendador Cláudio do Couto e Sousa faz inaugurar o seu engenho de açúcar, na parte posterior do "Solar dos Airises", demolido em 1896, porque já se encontrava obsoleto e dera lugar às novas usinas procedentes da Europa, aqui montadas pelo francês Victor René Sence (Foto divulgação ao lado), nascido em Catelet na França, em 03-08-1863, e que veio montar usinas no Brasil. Chegou a Campos, tomou a água do Paraíba, tornou-se grande amigo do coronel Chiquinho de Paula Barroso, que fora o proprietário do "Solar do Colégio" dos jesuítas e teve todos os seus bens levados à hasta pública. Quando toda a família dos Paula Barroso pensou que tudo chegara ao fim, o francês Victor Sence escreve o seu nome na história de Campos dos Goytacazes, RJ, quando inesperadamente vira para o escrivão e diz: Estou arrematando todos os bens do "Solar do Colégio", mas em respeito ao meu amigo coronel Chiquinho de Paula Barroso, deixo para todos os seus descendentes, quinhentos alqueires das terras jesuíticas.
A sete quilômetros de Campos dos Goytacazes, RJ, quem adentra na rodovia federal BR-356, que tem o seu ponto final no balneário de Atafona, São João da Barra, RJ, onde também tem o final do Rio Paraíba do Sul, no Pontal de Atafona, onde é formado o delta que desagua no Oceano Atlântico, vê à sua direita aquele velho e histórico "Solar dos Airises". Para nós campistas, o solar da intectualidade, do trabalho e da riqueza do nosso heróico povo campista, ordeiro e trabalhador por natureza, que vive na miséria, a mercê das autoridades constituídas da Terra Goitacá, rica e produtiva desde os seus primórdios, porém castigando o seu generoso povo, por um carma coletivo de outras épocas. Talvez o nosso povo de outrora tenha feito promessas e não as tenham cumpridas, mas nós de hoje clamamos perdão, Senhor! Perdão pelos erros dos nossos antepassados. Senhor, perdão! Dê ao povo campista a sua cidadania plena. Ele merece!
O falecimento do comendador Cláudio do Couto e Sousa se deu à Rua da Glória nº 3, em Lisboa, Portugal, quando fez uma viagem à Europa aos 94 anos de idade e foi acometido por uma fatal pneumonia, ficando para sempre no local de onde viera.
(Este é coquinho "Airi" ou "Airiri", que deu origem ao nome de "Solar dos Airises. Foto do Pesquisador Jorge Siqueira).
O novo proprietário do "Solar dos Airises" passa a ser o advogado, industrial e historiador Alberto Frederico de Moraes Lamego, que se casara com a filha do comendador - Joaquina Maria do Couto Ribeiro Lamego -, que formava com o marido Alberto Lamego, o Casal 20 do "Solar do Beco", hoje a segunda sede própria do Asilo de Nossa Senhora do Carmo, demonstrando ser um vicentino nato, na acepção da palavra. Alberto Lamego doou os sobrados de números 13 e 15 da Rua Marechal Floriano Peixoto, para ali ser fundada a primeira sede própria do Asilo do Carmo, pelo seu primeiro presidente, Dr. Luiz Antonino de Souza Neves, vicentino de quatro costados, Juiz de Direito da comarca de Campos dos Goytacazes, RJ, que se tornou desembargador do Tribunal de Alçada do Estado Fluminense e que sonhava há dez anos fundar um asilo para a velhice desamparada, fato que se deu a 08 de agosto de 1904, com o beneplácito benemerente e caritativo do Casal 20 do Asilo do Carmo.
Em 1906 o historiador Alberto Frederico de Moraes Lamego, então proprietário do "Solar dos Airises", leva para Portugal a esposa Joaquina Maria do Couto Ribeiro Lamego, três Nhás, sete filhos e mais uma filha que lá nascera.
Com a expulsão dos religiosos de Portugal, padres e freiras, foram fechados os colégios em que estudavam os filhos de Alberto Lamego e Joaquina Maria: as meninas no colégio das irmãs Dorotéia, na Rua das Quinlhas em Lisboa, Portugal e os meninos no colégio dos Jesuítas, em Campolide, Lisboa.
Em 1910 toda a família se muda para Bruxelas, na Bélgica. Começando a I Guerra Mundial em 1914, a família se encontrava na praia, quando os alemães invadiram a Bélgica e seguiram para Londres, onde
permaneceram até o final da guerra, em 1918.
O Dr. Alberto Frederico de Moraes Lamego foi condecorado pelo Rei da Bélgica, por serviços prestados durante a guerra de 1914, ocasião em que Alberto Lamego colocara uma bandeira brasileira na frente de sua residência, local respeitado pelos invasores alemães e que serviu para ser um ponto de contato com outros brasileiros que lá moravam e que por seu intermédio, se comunicavam com seus familiares de outros rincões.
Na Bélgica, Alberto Lamego escreveu os três primeiros livros de sua coleção A Terra Goitacá, editados em Bruxelas, Bélgica, por Paris Editions D'Art, em 1913, 1920 e 1925, respectivamente.
Em 1913 Alberto Lamego andava com a cabeça voltada para um fato importante que não lhe saía da mente - a fundação de um orfanato, para acolher as crianças de rua da cidade de Campos dos Goytacazes, RJ, que não era o seu rincão natal, mas a terra do seu coração. Em 24 de novembro de 1951 falece Alberto Frederico de Moraes Lamego, quando fala derradeiramente ao seu filho Alberto Ribeiro Lamego: "sendo o último pedido que me fizera - o de ser enterrado em Campos dos Goytacazes, RJ que tanto amara, dedicando-lhe a sua maior obra, A Terra Goitacá."
("Solar do Colégio", edificado pelos Jesuítas em 1652. Foto aérea de Carlos Alves, reproduzida pelo Pesquisador Jorge Siqueira).
Num belo dia, passeando pelas ruas de Londres, conhece um cidadão carioca que estava terminando o seu seminário e já estava de viagem marcada para a África, onde cumpriria a sua primeira missão de padre e depois retornaria ao Nordeste brasileiro, para a sua segunda missão religiosa. Alberto Lamego gosta desse cidadão e lhe dá um cartão social, dizendo-lhe: apareça na Planície Goitacá, quando terminar as suas missões.
(Orfanato São José, fundado pelo Monsenhor Severino da Silva. Hoje é a Fundação da Infância e da Juventude, porém propriedade do Asilo de Nossa Senhora do Carmo. - Foto do Pesquisador Jorge Siqueira).
Lá pelos idos de 1924 aparece na Planície Goitacá o monsenhor Severino da Silva, que fundou o Orfanato São José, onde além das letras, instituiu em sua casa de assistência infanto-juvenil, o ensino profissionalizante. Era o professor dos sete instrumentos no dizer dos seus discípulos. Um número incontável de rapazes saiu dali para enfrentar a vida, muitos deles, músicos talentosos - com que contaram as bandas da cidade e militares. A sua banda tocava em todos os eventos festivos pró Asilo do Carmo, em busca de recursos financeiros para o sustento dos "velhinhos" ali asilados.
("Solar do Beco", hoje segunda sede-própria do Asilo de Nossa Senhora do Carmo, que se encontra todo escorado e interditado totalmente pelas autoridades constituídas da Terra Goitacá. - Foto do Pesquisador Jorge Siqueira).
O monsenhor Severino da Silva nasceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 18 de março de 1867. Estudou no Colégio Pedro II. Com 18 anos de idade seguiu para o continente europeu, permanecendo quatro anos no Seminário Patriarcal de Lisboa, Portugal, onde após completar seus estudos, se tornou professor do Colégio Santa Maria, na cidade do Porto, Portugal. A partir de 1896 esteve durante 17 anos como missionário no Congo e Angola, na África.
Em 1913, fez uma excursão por países da Europa, entre os quais, Espanha, França, Bélgica, Holanda e Inglaterra, onde conheceu o fluminense radicado em Campos dos Goytacazes, RJ, Dr. Alberto Frederico de Moraes Lamego.
Às 03h20min do dia 8 de dezembro de 1943, morre o monsenhor Severino da Silva no Hospital da Beneficência Portuguesa de Campos, RJ, subindo sua alma para o céu. A notícia logo correu por toda a cidade e grande foi o número dos que procuraram para lhe render as últimas homenagens.
Sobre o sacerdote do bem, assim falava o seu amigo Alberto Lamego: "A vida do humilde sacerdote, toda ela pontilhada de demonstrações de renúncias às coisas terrenas, granjeou para ele uma auréola de merecido respeito, auréola essa de que o venerado sacerdote não se aproveitava sob qualquer aspecto e até alheava à mesma."
(Monsenhor Severino da Silva, busto reproduzido pelo Pesquisador Jorge Siqueira).
O Orfanato São José existe até os dias de hoje, sob a chancela do Asilo do Carmo, seu verdadeiro proprietário, por vontade dos vicentinos que o fundaram, entre eles o advogado, industrial e historiador, o benemerente Alberto Frederico de Moraes Lamego, um advogado que se bacharelou na Universidade de São Paulo e foi ser um cidadão do mundo, sobretudo pela benemerência.
Oriundo de Visconde de Itaboraí, RJ, seus pais foram: o comendador José Maria de Moraes Lamego, natural da Régua, também do distrito de Vizéu e Sofia Jardim, madeirense do Funchal e da cepa rija dos Ilhéus, Portugal.
(Alberto Frederico de Moraes Lamego, autor de A Terra Goitacá, a maior obra literária da Terra Goitacá. Foto da família Lamego, reproduzida pelo Pesquisador Jorge Siqueira).
Alberto Frederico de Moraes Lamego nasceu em Cabuçu e depois levou a família para São Thomé, distrito de Visconde de Itaboraí, RJ.
De Martins Lage para a Europa o casal 20 levou os seguintes filhos para educá-los: Maria Sofia Lamego Braga, Alberto Ribeiro Lamego, Cláudio Ribeiro Lamego, Maria Francisca Ribeiro Lamego, Maria Eugenia Ribeiro Lamego, Maria da Conceição Lamego Viana, José Maria Ribeiro Lamego e a filha que nasceu em Portugal, em 23 de março de 1909, Maria de Jesus Lamego.
(Móveis de época do "Solar dos Airises", hoje de propriedade do químico Nelson Luiz Lamego. Fotos do Pesquisador Jorge Siqueira).
Finalizando mais esta história da Terra Goitacá, cumpre-nos tão somente dizer que o "Solar dos Airises" sempre pertenceu a uma única família, hoje propriedade do descendente Nelson Luiz Lamego, um químico que guarda consigo todas as relíquias de época, tais como chapéus usados pela família dos Lamego; as camas originais com as iniciais entalhadas nas suas guardas; as cadeiras tipo poltronas, de madeira com treliças de palhas, tão utilizadas nas novelas de épocas que rodam o mundo afora; os guarda-roupas, mesas e cadeiras confeccionadas com as madeiras de lei da mata atlântica ainda existentes nas terras dos jesuítas, que foram vendidas pelo capitão Viana ao comendador Cláudio do Couto e Sousa - um portuguesinho de rara têmpera que singrou os mares do mundo, para se enriquecer nos Campos dos Goytacás e deixar um legado de luta, de trabalho, de riqueza e de realização de muitos sonhos!
A esse trio - comendador Cláudio do Couto e Sousa, Alberto Frederico de Moraes Lamego e Nelson Luiz Lamego os nossos sinceros parabéns e a nossa eterna gratidão!
(Comendador Cláudio do Couto e Sousa. Foto da família, reproduzida pelo Pesquisador Jorge Siqueira).
Comendador Cláudio do Couto e Sousa, o portuguesinho que veio de Tibalde, Portugal, diretamente para, em Campos dos Goytacazes, RJ, edificar o "Solar dos Airises". Voltou para Portugal aos 94 anos de idade e por lá, de onde viera, ficou para a posteridade!
(Foto da família do Advogado, industrial e historiador Alberto Frederico de Moraes Lamego,reproduzida pelo Pesquisador Jorge Siqueira).
Alberto Frederico de Moraes Lamego, advogado, industrial e historiador que herdou o "Solar dos Airises" do comendador Cláudio do Couto e Sousa. Doou os sobrados de números 13 e 15 da Rua Marechal Floriano Peixoto, para ali ser edificada a primeira sede própria do "Asilo do Carmo"; o "Solar do Beco" é hoje a segunda sede própria do Asilo de Nossa Senhora do Carmo, doado também por outro grande cidadão campista, o senador Tarcísio de Almeida Miranda!
(Nelson Luiz Lamego, com a imagem original de Nossa Senhora da Conceição, trazida de Portugal e colocada na capela do "Solar dos Airises". Guarda consigo essa que é, sem sombras de dúvidas, a maior relíquia das famílias Couto-Lamego! - Foto do Pesquisador Jorge Siqueira).
Matéria do Pesquisador Jorge Siqueira.
Revisão da Professora Carmen Lúcia Cunha.
Olá, fiquei muito feliz em encontrar a história de parte da minha família. Sou neta de Maria Emília Lamego Machado (nome de solteira). Andava pesquisando sobre minha família em cima de um pequeno livro escrito por minha tia Maria Thereza Mello Soares de título: Os Lamegos na Academia Fluminense de Letras. Em fim... achei seu blog e adorei a história, fotos, etc.
ResponderExcluirSucesso!
Parabéns pelo seu blog e por essa matéria, de excelente qualidade, fantástico resgate histórico!!!
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